Hoje estou aqui, mãe, finalmente! Nesta cidade que parou no tempo, que ainda mantém o comércio local, sem grandes empreendimentos, sem modernices, (quase) tal e qual como a deixei contigo há 23 anos.
Partilho contigo esse sentimento inexplicável que Nápoles deixa, esta saudade dos prédios antigos, das buzinas das vespas, do trânsito 24/24 horas, da mozzarella e da sfogliatella, mas principalmente destas pessoas verdadeiras que te dizem “bom dia” com um sorriso enorme, mesmo sem te conhecerem.
Levei a Matilde (e o Nando) pelos sítios onde me levavas quando era pequena, fizemos os mesmos caminhos, as mesmas ruas, as mesmas estradas e continua (quase) tudo igual.
Mas lembro-me principalmente da última conversa que tivemos mesmo aqui, em frente ao castelo. Dias antes de nos mudarmos para Lisboa, enquanto eu recusava esta mudança na minha vida, tu tentavas acalmar-me dizendo que um dia iríamos voltar, juntas. É engraçado como aqui eu não sou conhecida como a Claudia, sou antes a filha da Filó, e a Matilde não é vista como minha filha, mas sim como neta da Filó. Todos te recordam com carinho e cada canto de Nápoles recorda-me de ti.
Opa! As lágrimas caíram-me agora sem querer, meu bem! Tão sincero! Tão emocionante! À meio do post, senti que estava lá convosco. Beijinho no coração. És grande e parece que foi um legado deixado pela tua mãe!
Obrigada minha querida! Eu acredito mesmo que os textos que escrevo para a minha mãe são os mais bonitos que alguém pode encontrar neste cantinho 🙂 Um beijinho grande para ti e obrigada pelo comentário <3
Lindo texto Cláudia. Quando se escreve com Amor é perfeito. ❤️
Obrigada Raquel! Tão bom ler isto <3 <3 <3 um beijinho grande e mais uma vez obrigada 🙂